Projeto "Defina uma palavra da moda por dia"

Definições

As chamadas Tecnologias da Informação (TI) sempre foram pródigas em expressões de jargão técnico que sintetizam conceitos, as chamadas buzzwords, ou "palavras da moda".

As áreas de computação móvel e comunicação sem fio não são exceção: a cada dia uma nova expressão é lançada para descrever uma nova tecnologia. Para complicar, também são lançadas palavras que renomeiam tecnologias já existentes. Isto gera dificuldades para todos e dificulta ainda mais o aprendizado dos iniciantes.

Para minorar estas dificuldades, neste projeto criaremos uma lista de expressões muito usadas (as buzzwords), dando definições e referências, bem como estabelecendo relações entre cada conceito e outras tecnologias incluídas nestas definições ou não. Sem falar, é claro, em traduções para elas: este é um país que fala Português.

Outras páginas em português, como aquela do Prof. Kon, do IME-USP, têm trabalho semelhante. Estaremos em contato com elas para tentar construir um consenso.

Aceitamos sugestões de termos a definir, e também publicaremos definições, dando o devido crédito a ambos.

Definições


Ubiqüidade, ou ubiquity

Coletado por Rafael Lachi, 19/02/2003, de http://www.cats.pt/magazine/ovnis/miscelanea/ubiquida.htm

Este termo aplica-se a uma forma particular de experiência extracorporal de desdobramento em que o duplo de um indivíduo, ou corpo astral, não só se afasta até uma certa distância do seu corpo físico, como é realmente observado por alguém na segunda localização.

Como acontece com outras variedades de projecção astral, relatos deste fenómeno - embora relativamente raros - circulam em vârias partes do Mundo durante séculos.

A tradição cristã atribui a capacidade de causar incidentes deste tipo a v&aacube;rios santos, entre os quais Santo António de Lisboa, S. Severo de Ravena e Santo Ambrósio de Milão.

Provavelmente, o relato mais bem conhecido diz respeito a Santo Afonso Maria de Ligório, que, durante um período de reclusão e jejum numa cela de Arezzo, Itália, em 1774, anunciou uma manhã, ao acordar, que estivera em Roma, a quatro dias de viagem, à cabeceira do leito do papa Clemente XIV, que se encontrava moribundo. Esta afirmação foi recebida com incredulidade, segundo reza a história, até que se soube que o papa acabara efectivamente de morrer e que Afonso de Ligório fora visto junto do seu leito de morte.


Computação ubíqua, ou ubiquitous computing

Rafael Lachi, 19/02/2003

Computação ubíqua é a próxima etapa de desenvolvimento tecnológico que propiciará uma maior imersão de toda a humanidade em um ambiente de valor computacional agregado, sem que ela tenha que se "preparar" (transparência) para isso. A transparência é, sem dúvida a chave para o sucesso dessa tecnologia, que permitirá que sistemas computacionais alterem drasticamente o cotidiano de cada indíviduo, sem que ele nem mesmo se dê conta disso.

Consideramos que Computação Ubíqua é tradução também do termo em inglês Pervasive Computing. Isto significa duas coisas:

  1. Consideramos equivalentes as expressôes ubiquitous computing e pervasive computing;
  2. Não empregamos a expressão "computação pervasiva" em português.

Convergência, ou convergence

Marcelo K. Zuffo 20/02/2003

O agrupamento de duas ou mais tecnologias. Por exemplo, nas settop boxes da televisão digital convergem a televisão comum, a Internet e a computação.

Convergência de serviços significa que tanto o PDA, o handheld etc. são apenas meios para um fim desejado; ou seja: o serviço final para o usuário.

Referências


WAP, ou Wireless Application Protocol

H. Fernandes 14/04/2003

A grosso modo, WAP pode ser entendido como o equivalente, para dispositivos móveis, do HTTP. Apesar de suportar o HTML e o XML, é usado preferencialmente com a linguagem WML (Wireless Markup Language), que pode ser entendida como um HTML simplificado.

Tanto WML quanto WAP foram desenvolvidos para dispositivos móveis com baixa resolução de vídeo, como os telefones celulares e os próprios PDAs.

Apesar de um início promissor, altamente comentada, tanto WAP como WML estão relegados a um certo esquecimento.

Referências


WEP, ou Wired Equivalent Privacy

por H. Fernandes

O padrão WEP, de Wired Equivalent Privacy, pretende oferecer para as redes sem fio do tipo 802.11, privacidade semelhante àquela disponível para as redes convencionais que operam através de cabos. Infelizmente, seus resultados estão muito aquém dessa pretensão: já há algum tempo foi descoberto que a segurança oferecida pelo WEP pode ser facilmente removida.

Apesar de trabalhar com uma chave de 64 bits, apenas 40 desses bits são a chave secreta, compartilhada. Os outros 24 bits são uma seqüência aleatória, chamada vetor de inicialização. Um dos problemas do WEP é que com apenas 24 bits, pode ocorrer que este vetor se repita em poucas horas, em uma rede com muito tráfego.

Ainda outros problemas com o WEP podem ocorrer, discutidos nas referências. Em poucas palavras, o WEP não é hoje considerado capaz de garantir a segurança das redes sem fio. Outras alternativas têm sido consideradas, como a WPA e EAP, que serão em breve discutidas aqui.

Referências


Wi-Fi

por H. Fernandes

Wi-Fi, de Wireless Fidelity, ecoa uma outra expressão de muitos anos atrás, o Hi Fi, de High Fidelity, ou "alta fidelidade".

Além de um consórcio de empresas [1], chamado Wi-Fi Alliance, o termo Wi-Fi designa o conjunto de tecnologias atualmente usadas para a criação de redes locais sem fio do tipo definido pelo padrão 802.11 do IEEE, como o padrão 802.11a, o 802.11b e, mais recentemente, também o padrão 802.11g. Essas tecnologias são chamadas Wireless Ethernet, ou "Ethernet sem fio", pois tentam criar redes sem fio semelhantes à Ethernet convencional

O nome formal da Wi-Fi Alliance é WECA, de Wireless Ethernet Compatibility Alliance, ou "Aliança para a Compatibilidade da Ethernet sem Fio". Ela foi criada para chegar ao acordo sobre um padrão chamado 802.11 HR (de High Rate), que elevava a banda do 802.11b dos 1 ou 2 MB/s originais para 11 MB/s [2].

A Wi-Fi Alliance existe porque, por melhor que sejam, em suas primeiras versões os padrões muitas vezes não definem áreas importantes, que cada fabricante implementa de acordo com sua interpretação. A Wi-Fi Alliance procura estabelecer um selo de interoperabilidade, que garante que um novo dispositivo é capaz de operar com aqueles já existentes.

A curto prazo, a garantia de interoperabilidade favorece os usuários, já que seus novos dispositivos vão operar com os anteriores. Contudo, a médio prazo favorece também os primeiros fabricantes, que podem não ter dado as melhores interpretações para o pontos obscuros dos padrões.

Referências

  1. The Wi-Fi Alliance -- http://www.weca.net.
    Visitado em 18/04/2003;
  2. Technology Giants Back Wireless Interoperability Initiative. http://www.weca.net/OpenSection/ReleaseDisplay.asp?TID=4&ItemID=52&StrYear=1999&strmonth=9
    Visitado em 18/04/2003.

3G

2G

2.5G

GSM

CDMA

GPRS

PCMCIA

PC Card

Card Bus

MiniPCI

WPA

EAP

NGN, ou Next Generation Networks

802.11

802.11a

802.11b

802.11g

802.16